quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Nada havia em minha vida,

Nada! Não passava de um deserto infindo, gelado,

Solitária, vagava por um mar branco, de uma areia fina e fria,

Pés descalços, feridos, sangrando, em uma caminhada sem fim,

Sem destino;

Em minha existência, nada havia de belo, nada havia de precioso.

Tudo desse nada era vazio, sem vida... pois tudo era nada.

Aparente, sem destino, sem esperança.

No meu nada...havia nada alem de um mar branco, de uma areia fina e fria,

Senti, de repente, uma brisa mais amena, um odor a muito esquecido.

Avistei ao longe, um lugar lindo...

Um campo, cheio de rosas dela vinha tão confortável e doce odor...

Um lago, cheio de plantas, árvores... Vida!!!

Em meu nada... encontrei vida!

Achei lindo, estava feliz... Felicidade, um sentimento que não conhecia.

Mas, ao mesmo tempo q feliz, assustei-me com tamanha beleza...

Fiquei com medo, medo de voltar a meu deserto, ou...

Medo desse lugar ser pior q meu deserto... desse lugar ferir-me mais.

Ao mesmo tempo que o amei, o temi...

Do alto, um Anjo, um belo anjo, seguia me observando...

Desceu até mim, eu o temi mais,

Queria correr, me esconder...

Mas, o Anjo, segurou-me, abraçou-me forte, acolheu-me em suas asas...

Estava desesperada... chorando... queria ficar, mas queria sair correndo...

O Anjo agarrado a mim disse:

- Por que tamanho medo? Te observo a anos. Não sabes que te amo?

Abraçando-me mais ainda, fitou-me fundo, pegou-me no colo...

Acarinhou-me como se faz com uma criança assustada, com medo.

Levantou-me o rosto, e beijou-me... um beijo doce... quente...

Meu choro cessou, meu Anjo protegeu-me, acolheu-me em seus braços.

Deitou-me num leito de folhas, envolto por rosas vermelhas como sangue.

Meu Anjo tratou minhas feridas...

Cobriu-me de amor, seu amor puro, meu Anjo, meu lindo Anjo,

Dei-me por inteira a meu Anjo, ele amou-me como se fosse nosso ultimo dia,

Nosso amor, protegido por delicadas rosas, mas de espinhos ferinos...

Com lagrimas nos olhos, meu Anjo descobriu o que significava chorar,

Olhou-me, profundo, disse-me que teria de partir, mas, q sempre voltaria a mim,

Teria de partir, para conseguir nunca mais me deixar só, pois me amava.

Meu Anjo foi-se, como o vento leva as folhas secas das árvores,

Mas, voltava sempre para ver-me, para amar-me em nosso leito.

E eu o amava, a cada instante mais, o amava,

Um amor divino, um amor angelical, puro, lindo...

Cuidei de suas rosas,

Mas, essas rosas, que um dia nos protegiam,

Com seus espinhos ferinos,

A cada partida sua, punha seus ramos envoltos em meu coração,

Apertando-o cada dia mais,

Arrancando-me lagrimas doloridas de saudades,

Mas meu Anjo, nunca me abandonou, por mais distante q estivesse,

Sempre voltava para mim,

Com a esperança de um dia me abraçar e nunca mais largar.

Meu amor por ele, por mais que seja sofrido, é enorme

E sempre, sempre será eterno.


[autora: Ester C.]

Um comentário:

  1. GENTE..
    QUE COISA MAIS LIN-DA !
    PER-FEI-TA !
    Ester também escreve muito bem!
    Cara, voces não podem parar.. sério..

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